terça-feira, 23 de março de 2010

Fomos assaltados? enganados?


"Mãos para o alto"
A bagunça começou a ser feita. Ele falava em um alto e bom som, enquanto mexia em tudo, vasculhava, dava as ordens. Apenas obedeciamos em silêncio.
Não tinha muito o que se fazer. Ali, ele estava com o poder. Um grito poderia acabar com as nossas vidas em segundos. Não queríamos contrariá-lo, logo acabaria, assim esperávamos!
Foi ficando cada vez mais tenso.
Fomos trancados em um quarto. Lá, não havia água, nem comida, nem algo que pudéssemos nos distrair.
O medo era algo inevitável naquela altura do campeonato, mas apesar de tudo estavamos juntos.
Antes de entrar observamos que havia algo de estranho. A cozinha estava meia mexida, os movéis arrastados milimetros de diferença do que haviamos deixado.
Não percebemos o quanto aquilo poderia ser perigoso. Um pequeno ato, mudariamos tanta coisa! Mas resolvemos nos atirar de cabeça e ver até onde estava o limite de nossos receios, de nossas dúvidas, queríamos ver o barco afundar até perdermos o ar e correr em direção ao salva-vidas.
Por que não arriscar? Por que achar que tudo estava errado? Mas por que não deixar de ser tão "corajoso" e perder a pose as vezes?

Ele nos tirou do quarto... pediu para que não contássemos a ninguém que havia vasculhado tudo, que havia mexido em nossas coisas e tomado algumas atitudes por nós.
Pediu desculpa pelo encômodo, e resolver se apresentar:

"Podem abaixar as mãos, meu nome é PAIXÃO "

segunda-feira, 22 de março de 2010

Indagações

Sou feita de amores perdidos, de vontades loucas... de desejos que não são meus.
Minha mente é complexa com coisas antigas.
Durmo e acordo com o mesmo pensamento de meses atras!
Coisas constantes que não se renovam, apenas multiplicam a vontade de estar dentro de mim.
insistem em ficar!
O mais instigante disso, é que atrai pessoas parecidas com meus complexos.
São rigidamente escolhidas a dedo, e incrivelmente iguais as que eu tinha... paranóia? Egoismo a expressão certa?
Eu já não me importo - não com as pessoas, mais em relação a minha parte de não saber lidar - eu odeio estar assim, porque conforta ver o tempo passar e eu me adaptar;
Talvez a vida escolheu, e o grande segredo está beirando em nossa frente.
O tempo vai passar e você vai ser aquilo que perdeu!
Vai chorar por aquilo que não viveu, e vai sorrir quando alguém te disser que está totalmente diferente do que ela havia conhecido.
E você vai olhar pros lados e ver que o tempo foi embora enquanto rodava em circulos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Contagem regressiva!

Olha só.
O amanha já chegou.
Contei, contei, contei, ate o dia que fingi perder a conta.
A reação foi imediata quando lembrei que um dia eu já contei os MINUTOS.
Ja perdi a contagem de quantos dias eu estava contando
parei de contar e continuei com um cronômetro!
Olha só.
Amanheceu.
Eu já não lembro onde os números pararam.

E o Vento Levou

“Pegue o casaco quando sair!" - Declarava em um auto bom som tomando todo o ambiente com sua articulação bem definidas!

Ela não estava com o frio suficiente a ponto de levar consigo aquela blusa. Mas de qualquer forma não queria entrar em discordância, pois levaria a uma breve discussão, e estava com muita pressa.
Passando o braço pela cintura dele ao cruzar a porta, saíram de casa decididos onde passariam a noite e talvez o resto de suas vidas!

Ele sorria a beijando no rosto a cada dez passos que se afastara de casa!
O vento batia com força nas janelas da vizinhança, o cabelo dela voava, despenteando todo, não gostava muito da situação, mas aquilo era uma rotina que tinha de ser comprida, e ela tinha que parecer estar feliz!

O ambiente estava agradável, eles se acomodavam enquanto o garçom apresentava o cardápio. Queria algo a mais do que o restaurante poderia oferecer, porque afinal estavam ali para comemorar o vigésimo mês que estavam morando juntos.
Contente, ambos se abraçavam naquela noite de outono!

- "Não acredito que você está aqui no mesmo dia e horário que o meu" - arrastava toda a atenção do recinto para ele. Era um amigo da faculdade que se surpreendia ao encontrá-la depois de algumas semanas que as férias começaram!
Ela ficou totalmente sem jeito, e logo ofereceu que ele se sentasse para atrair menos olhares!
Talvez a reação dela fizesse seu parceiro perceber o quanto estava incomodada com aquela companhia!
O papo se estendia, e o casal atento aos assuntos, que mal faziam questão de fazer o pedido ao garçom.

Foi quando a pergunta pairou no ar.
Ela se ajeitou na cadeira e gaguejou, ate ele se levantar inconformado, deixando para trás as comemorações do dia!

-"Por que você foi perguntar bem agora se ele era o mesmo do dia que me viu no restaurante ao lado? - balançava a cabeça, apoiando-a nos braços que se estendiam pela mesa. No auge do desespero, sabendo que ali já era o fim que a traição fora desvendada em um aniversário importante para ele.

Ele corria em direção a casa. O vento frio já tinha se concentrado fazendo todos se acolherem em suas residências! O devaneio não o deixara seguir o caminho sem pensar em algo que o machucasse algo que ele queria fazer para matar a angústia.
O Farol daquele caminhão seguia junto a uma buzina aguda, que o atirou para o outro lado da pista;
Ela gritara, pois o seguiam minutos depois de se desculpar com o garçom.
Totalmente inconsciente, ela ajoelha ao lado, clamando por sucesso que a chamá-lo reagiria de alguma forma.
Ele a deixou naquela pista, no outono, em uma comemoração catastrófica.


O arrependimento vem junto com a sinceridade, e há oportunidades que não sabemos se elas voltarão, a ponto de deixarmos para depois!